O dia 1 de setembro é memorável para inúmeros/as servidores/as. Nesta data, em 2010, chegava ao fim o maior movimento grevista da categoria judiciária, um dos maiores do funcionalismo estadual. Foram 127 dias de paralisação com muita luta, resistência, solidariedade, mas, principalmente, superação.
Medos e dúvidas deram lugar à coragem dos/as incansáveis trabalhadores/as que participaram de atos, assembleias, vigílias, passeatas, caravanas e as inesquecíveis ocupações no Palácio da Justiça e Fórum João Mendes. Uma busca por dignidade, respeito e justiça.
Acumulando dois anos de descumprimento da data-base (2009 e 2010), os/as servidores/as não aguentaram tamanho descaso do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) e deflagraram a greve como instrumento de pressão para conseguir avançar nas negociações com a Presidência do Órgão.
A reposição salarial foi retomada e um acordo para não promover sanções administrativas deu fim ao movimento. Nos anos posteriores, a luta não cessou, novas batalhas vieram e algumas conquistas como a GDAC (Gratificação de Desempenho por Atividades Cartorárias), a implementação do Instituto da Remoção, a transformação dos/as agentes em escreventes, o Adicional de Qualificação de Nível Superior.
Um legado desses 127 dias de paralisação permanece, provando que só a unidade na luta é capaz de trazer vitórias.
Passados 12 anos, uma pandemia, novas formas de trabalho, gestões autoritárias e governos que massacraram o funcionalismo, fica a necessidade de resgate desse legado, pois os ataques não cessaram.
E com as eleições batendo à porta, o voto consciente é fundamental para resistir justamente aos ataques. É preciso analisar as possibilidades com cautela e pensar em eleger parlamentares que defendam os serviços públicos e os interesses dos/as servidores/as.
Ousar lutar, ousar vencer.
Desistir não é opção.
Seguiremos juntos!