A quarta-feira, 28 de julho, foi de paralisação pelos trabalhadores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Deliberada em Assembleia Geral (17/7), a mobilização foi mais um passo na construção da luta contra o desrespeito do TJSP aos seus servidores, que estão sem reposição pelo segundo ano consecutivo da gestão de Geraldo Francisco Pinheiro Franco, chegando a 25% de perdas acumuladas. Além das perdas, ainda há a recusa em propor negociação, sob o argumento de não dispor de verbas para quaisquer pagamentos durante a Audiência de Conciliação em razão do Dissídio Coletivo Por Greve (8/7).
Dissídio Coletivo A pauta encaminhada ao TJSP elenca questões emergenciais. O prazo para manifestação sobre o Dissídio Coletivo se encerra nesta sexta (30/7), que deverá ser enviado ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça, definido um relator e data para o julgamento de item por item, o que poderá ocorrer nas próximas quartas-feiras, dias 4 ou 11 de agosto.
Luta e conscientização devem vir juntos: Agora é a hora da mobilização! Agora é mobilização e luta! E a paralisação desta quarta (28/7), mesmo que não tenha sido ampliada, é o começo da construção da organização e conscientização da categoria, que atualmente vive um contexto de isolamento durante essa situação da pandemia por Covid-19 no país, devido à implementação do trabalho remoto, e assédio, com o aumento das metas e cobranças constantes por resultados. Contextos, aliás, que têm garantido os recordes de produtividade tão divulgados pelo Tribunal.
Fernanda Copelli Vilas Boas de Almeida, 1ª secretária da Assojubs, reforçou que a paralisação é um direito dos trabalhadores e que também tem a finalidade de denunciar a falta de um serviço público de qualidade. "Defender as nossas condições de trabalho é defender o atendimento digno para a população", frisou.
Fortalecer a pressão Mais uma forma de fazer pressão pelo andamento e julgamento do Dissídio Coletivo sobre os desembargadores é o encaminhamento de um texto, por todos os servidores, via e-mail, lotando a caixa dos desembargadores com a mensagem. Clique aqui para o texto e os endereços eletrônicos.
Calendário Foi reforçada a importância da participação nas atividades da Campanha Salarial 2021 e também nas lutas gerais. O calendário é o seguinte:
- Manutenção do Estado de Greve;
- 2/8, 12 horas, Ato na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) contra o Confisco, pelo Iamspe, contra a PEC 32/20 (Reforma Administrativa), organização da
Frente Paulista Em Defesa do Serviço Público;
- Nova Assembleia Geral no dia que for realizado o julgamento do Dissídio Coletivo no Órgão Especial do TJSP;
- 18/8, participação no Dia Nacional de Greve;
- Dialogar e fortalecer a necessidade de mobilização nos locias de trabalho, via redes sociais e aplicativos de mensagens.