Em seu primeiro discurso aos representantes da Assojubs, Sintrajus e das demais entidades que defendem os direitos dos servidores, o desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascareti, presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, informou que estudos estão sendo feitos para a data-base de 2017 e que logo mais o Órgão terá uma posição sobre a reposição salarial.
A reunião foi realizada na manhã desta quarta-feira, 15 de fevereiro, no Palácio da Justiça, na Capital. Presentes Michel Iorio Gonçalves, presidente da Assojubs e coordenador geral do Sintrajus, Luiz Milito, vice-presidente da associação, e Alexandre dos Santos, diretor jurídico do sindicato. Pelo Tribunal, acompanharam a tratativa Fernando Figueiredo Bartoletti, Roberto Chiminazzo Júnior e Fernando Awensztern Pavlovsky, juízes assessores da Presidência da área de Recursos Humanos, Lilian Salvador Paula, secretária de Planejamento de Recursos Humanos (SPRH), e Diva Helena da Motta Barreto, secretária de Gerenciamento de Recursos Humanos, e, ao final, o desembargador Antônio Carlos Malheiros.
Dimas deu início à discussão explanando acerca do ano difícil por conta da Reforma da Previdência, Projeto de Emenda Constitucional 287/2016. “Não podemos ter retrocesso, estamos trabalhando, fazendo reuniões, para que os direitos constitucionais adquiridos não sejam retirados e a PEC não traga prejuízo aos servidores”.
Lembrou que no fim de 2016 foram majorados os auxílios saúde (acréscimos de R$ 50,00) e alimentação (aumentou para R$ 42,00) buscando “compensar o percentual de 4%” do complemento das perdas inflacionárias, feitos para “dar um fôlego ao servidor”. Dimas afirmou aos dirigentes que vai aguardar a arrecadação do Estado nos dois primeiros meses do ano e a divulgação pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do cálculo da inflação (2016-2017) para uma definição sobre a inflação e já marcou para o dia 15 do mesmo mês uma nova discussão com os representantes.
Michel Iorio Gonçalves propôs um calendário para o pagamento dos atrasados servidores (4,77% de 2010 e 1,5% de 2011). Reforçou sobre a pauta reivindicatória e alguns itens específicos como a transformação dos agentes de serviço, operacionais e fiscalização, a valorização dos escreventes, a maior carreira dentro do Tribunal, com o requisito do nível universitário para ingresso no cargo, equiparação salarial dos assistentes sociais e psicólogos com peritos da área da saúde e equiparação da gratificação de assistentes judiciários de 1° grau aos de assistentes jurídicos.
Em resposta, Dimas alegou que neste momento de recessão e crise econômica a elaboração de um calendário de pagamentos é inviável.
Em sua fala, Luiz Milito ressaltou que a projeção do índice de reposição fique entre 4,5% e 5%, girando em torno de 18% o total das perdas inflacionárias não pagas aos judiciários.
Já Alexandre dos Santos cobrou do presidente em relação à majoração do auxílio saúde para R$ 500,00, uma solicitação que atinge também os aposentados, que são os que mais precisam de tal auxílio para cuidar da saúde, bem estar ou fazer tratamentos.
Ato na Praça João Mendes Após a tratativa entre entidades e Presidência foi realizado um ato em frente ao Fórum João Mendes no intuito de passar informes acerca de reunião e reforçar aos servidores o convite para o Encontro Estadual, que acontecerá no sábado (18/2), a partir das 8 horas, no Sindicato dos Marceneiros, Rua das Carmelitas, 149, na Capital.
Também foram prestados esclarecimentos aos trabalhadores acerca da Reforma da Previdência e a situação dos servidores com a aprovação da PEC 287/2016.
Inscrições para o Encontro Para fazer a inscrição do Encontro Estadual é só clicar aqui e preencher os dados.