
Os/as servidores/as do Fórum de Cubatão realizaram um protesto na manhã desta quarta, 19 de fevereiro, em razão da falta de climatização nos cartórios e melhores condições de trabalho nas unidades da Comarca. A Assojubs, o Sintrajus e a AASPSI Brasil participaram do ato em apoio aos judiciários/as.
Com cadeiras de praia, guarda-sol, coolers com água e ventarolas, o ato se deu para mostrar a indignação dos/as servidores/as com o desrespeito por parte do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) que não dá suporte à demanda da categoria, que sai de casa para passar calor durante o expediente de trabalho.
Essa situação é observada não somente em Cubatão, há reclamações dos/as servidores/as em diversas comarcas pelo Estado devido às altas temperaturas que tornam os setores insalubres no cotidiano do serviço. E o Tribunal de Justiça trata a questão sem celeridade, deixando claro a segregação entre as classes dentro do TJSP, pois nenhum gabinete (sala do juiz) apresenta falta de climatização.
A questão é tão grave que há registro de servidores/as que passaram mal devido aos locais extremamente quentes no fórum de Cubatão. Há casos ocorridos em outras comarcas também. É inviável permanecer em um espaço sem condicionadores de ar ou com o equipamento funcionando deficitariamente.
As providências tomadas pelo TJSP são insuficientes até o momento.
Para evitar essa situação insalubre, o Tribunal poderia manter os/as servidores/as em trabalho remoto, mas nem essa opção foi viabilizada. Os atendimentos ao público e população são igualmente prejudicados, pois a permanência nos espaços em razão do calor absurdo se torna impossível.
Diante dessas ocorrências pelas comarcas, fica ainda mais evidente o descaso do TJSP com sua força de trabalho, que é a engrenagem principal para que a máquina judiciária funcione.
E como sempre, na história da categoria, nada vem para os/as servidores/as sem luta. Até para dispor de mínimas condições de trabalho é preciso mobilização. Enquanto isso, a magistratura segue sem a necessidade de reivindicar o básico para seu cotidiano de serviço.
Sem ar, não dá para trabalhar!