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Tia Ciata Se o samba brasileiro é mundialmente conhecido, muito se deve a Hilária Batista de Almeida, conhecida como Tia Ciata, considerada por muitos como uma das figuras mais influentes para o surgimento do samba carioca.
Nascida no ano de 1854 em Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano, aos 22 anos, trazendo consigo uma filha, se mudou para o Rio de Janeiro e começou a trabalhar como quituteira na Rua Sete de Setembro, sempre paramentada com suas vestes de baiana. Através da comida e dos trajes típicos, ela expressava a fé do candomblé, proibido na época.
Tia Ciata se tornou símbolo da resistência negra no Brasil pós-abolição e é tida como a Matriarca do Samba por abrir as portas de sua casa, na Praça Onze, centro do Rio de Janeiro, para reuniões de sambistas quando o ritmo musical também era proibido no país.
Em seu quintal foi criado o primeiro samba gravado em disco, “Pelo Telefone”, uma composição de Donga e Mauro de Almeida, na voz do cantor Baiano, igualmente nascido em Santo Amaro da Purificação.
Foi na cidade do Rio de Janeiro que conheceu João Baptista da Silva, funcionário público com quem casou e teve 14 filhos, e deu seu último suspiro, em 1924.
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