Com a categoria em Estado de Greve, na quarta-feira, 28 de abril, aconteceu a primeira Quarta de Luta e Luto com a realização de mais uma Sala Virtual da Campanha Salarial, que além dos bate-papos e discussões sobre as demandas da categoria e as manifestações culturais dos servidores, apresentou, na primeira parte, uma homenagem da Frente Paulista em Defesa do Serviço Público pelo Dia do Trabalhador (1/5).
Homenagem da Frente Paulista ao Dia do Trabalhador O servidor público é um trabalhador. E, ao contrário como dito por aí, não é “vagabundo, pois trabalha muito. Inclusive, durante a pandemia por Covid-19 e a aplicação da quarentena, foi designado para o home office sem preparo, teve que se adaptar rapidamente, equipar do próprio bolso uma estação em casa e lidar com as dificuldades sem respaldo. E, mesmo assim, desenvolveu recordes de produtividade.
As mulheres, então, tiveram que se ajustar ao teletrabalho somado ao acúmulo de tarefas da casa, uma dupla jornada sem horário para começar e muito menos para acabar. Um impacto enorme na saúde mental feminina.
Pela Assojubs, Tiago Heldo, secretário geral, reforçou essa falta de condições de trabalho com a imposição do home office pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) logo que a quarentena foi decretada por causa da pandemia.
As entidades buscaram formas para regulamentar e custear os gastos com o teletrabalho, já que o próprio servidor teve que adquirir os equipamentos e criar os meios para desempenhar o serviço, mas o Tribunal de Justiça se esquivou. Agora, o Órgão normatizou e quer que o funcionário trabalhe mais ainda, sem estabelecer um limite para exercer sua função. Isso para depois divulgar na mídia a alta produtividade, sem mostrar a que custo.
É preciso mostrar para a população a importância do funcionário público dentro da sociedade. Nunca se precisou tanto como agora, com a pandemia. É necessário valorizar o servidor, que desempenha um papel fundamental, principalmente na saúde, segurança, educação e judiciário, destacou o secretário geral da Assojubs.
Quarta de Luta e Luto Promover em todas as quartas uma atividade pela Campanha Salarial foi deliberação da Assembleia Geral (17/4). E a opção foi retomar as Quartas de Luta, um movimento de pressão iniciado em 2016 por todo Estado. A primeira Quarta de Luta e Luto teve reflexões conjuntas, intervenções culturais, resgate de momentos históricos de greves e mobilizações da categoria.
A presidente da Assojubs, Regina Helena Assis, falou sobre o resgate e a importância das quartas de lutas no passado. E frisou que a união e participação dos colegas é fundamental para impulsionar a Campanha Salarial, pois sem essa unidade, não haverá avanço para as conquistas.
A Quarta de Luta e Luto do dia 28 de abril foi o pontapé inicial. Daqui para frente, a ideia é ampliar o movimento para uma participação cada vez maior. Em Estado de Greve, os servidores fizeram uso do preto durante o dia de trabalho.
O tema para a foto de perfil do Facebook sobre o Estado de Greve está disponível: http://www.facebook.com/profilepicframes/?selected_overlay_id=470781147591813
Segundo ano sem reposição e defasagem de 24,07% Vale lembrar que nesses dois anos frente à Presidência do TJSP, Geraldo Francisco Pinheiro Franco não cumpriu com a data-base dos judiciários. E o saldo da defasagem salarial da categoria chega em 24,07%.
A categoria está em Estado de Greve. Dependo de nós fazer valer seus direitos. Unidos somos mais fortes.