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Comissão de Assédio Moral reúne-se para palestra de Edith Seligmann sobre a prática

Os membros da Comissão de Assédio Moral reuniram-se na tarde desta terça-feira, 13 de dezembro, na sala da Coordenadoria de Apoio aos Servidores (Caps) do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, na Capital, para uma palestra sobre o tema com Edith Seligmann Silva, psiquiatra e professora do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade de São Paulo.

Além da Assojubs e Sintrajus, com Michel Iorio Gonçalves, Regina Helena Assis, Adelson Pereira Gaspar, Luiz Tadeu Milito e Claudia Damião, estiveram presentes a AASPTJ-SP, Aojesp, Assojuris, Apatej, Sindjesp, CGOJ e alguns servidores convidados pelo desembargador Antônio Carlos Malheiros, representante do TJ-SP na Comissão de Assédio Moral.

A professora explanou sobre a prática e seus desdobramentos, os quais os servidores são “atropelados” por formas de administração que não reconhecem o trabalho feito por eles, o que acarreta no adoecimento mental e até físico deles.

Seligmann explicou que há três tipos de desgastes que decorrem do assédio: literal, quando ocorrem transtornos mentais, funcional, quando há alterações psico-fisiológicas, o estresse, e que pode levar ao dano físico, e o simbólico, a degradação de valores e sentimentos, como alteração de identidade ou corrosão de caráter.

No Judiciário o adoecimento acontece muito devido as cobranças por produtividade e eficácia, a exacerbação do número de processos combinada com a falta de funcionários, o que acaba sobrecarregando os trabalhadores e culminando na perda do equilíbrio dos relacionamentos e o crescimento dos conflitos.

Outra citação de Seligmann foi acerca dos tipos de assédio. O vertical é o mais comum, de cima para baixo, dos superiores para seus subordinados. Mas há também o horizontal, de colega para colega, como, por exemplo, na exclusão de um servidor quando inserido em uma unidade na qual já existem grupos formados, o chamado isolamento profissional.

Para os participantes, um consenso para combater a prática é fortalecer o assediado. E o diálogo é uma das sugestões apresentadas “As pessoas têm que ser tratadas e as situações mudadas”, ressaltou a professora.

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