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Continuidade da greve sanitária é aprovada em Assembleia

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Foi aprovada a continuidade da greve sanitária ou ambiental dos Judiciários na Assembleia dos servidores realizada, de forma virtual, por aplicativo e transmissão em redes sociais, nesta quarta-feira, 12 de agosto.

Já de início, os representantes das entidades informaram que novos casos de contaminação do Covid-19 foram constatados com a reabertura dos fóruns para a retomada gradual do trabalho presencial. E o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) segue sem se responsabilizar com tais situações e simplesmente ignora o que é primordial, a testagem dos funcionários.

A reunião com os dirigentes para discutir essa conjuntura também continua sendo desprezada pelo Tribunal, que negligencia a preocupação com as vidas dos servidores. Os ofícios informando sobre a greve sanitária ou ambiental e como forma de denúncia deliberados na Assembleia anterior (5/8) foram encaminhados aos juízes, Ministério Público do Trabalho e Associação dos Advogados. E a comunicação direcionada às empresas terceirizadas do TJ-SP e seus funcionários está em andamento.

Catarina Morgado, diretora de organização política e sindical da Assojubs, reforçou que não é o momento de voltar ao trabalho presencial no Judiciário e nem em outras categorias, pois está ocorrendo uma alta dos casos de infecção em todo Estado. Em sua manifestação, disse que o Tribunal está lavando as mãos, como se o cenário tivesse normalizado: “Temos que cobrar uma reunião com o TJ e deixar claro que não vamos aceitar o descaso com esses que estão se contaminando”.

A 1ª secretária da Assojubs, Fernanda Villas Boas, fez um apelo aos funcionários para que todos se envolvam, inclusive os que não foram convocados para o trabalho presencial, para fortalecer a luta e que ações assertivas possam ser tomadas: “Se não construirmos como coletivo, vamos sofrer mais perdas, se é que há perda maior do que a vida”.

Sobre a divulgação de estímulos aos desembargadores, para celeridade do julgamento de processos, em valores de até R$ 100 mil, a 1ª secretária da Assojubs, ressaltou a necessidade de expor a diferença entre servidores e magistrados e que é preciso parar de aceitar esse sistema injusto calado: “Ao juiz é incentivo e para o servidor é assédio moral e obrigatoriedade de retorno aos fóruns. Que os colegas expressem sua indignação e protestem”.

Claudia Damião, vice-presidente da Assojubs, lembrou algumas das perdas que os servidores já estão tendo, como falta de pagamento da reposição salarial (data-base), congelamento de salários por dois anos, uso dos próprios recursos para o trabalho remoto, assédio moral. Para ela, está explícito que o TJ vem usando um plano político e de gestão empresarial, deixando os funcionários à mercê de suas posições. “Temos que despertar a humanidade em cada um e fomentar a solidariedade, senão nosso futuro não será bom”.

Outras deliberações da Assembleia:

– Nova Assembleia virtual na próxima quarta-feira, 19 de agosto, às 10 horas;

– Apagão no Judiciário durante o tempo que ocorrer a Assembleia na próxima quarta-feira, 19 de agosto, com a interrupção do trabalho presencial e remoto;

– Apagão no Judiciário, com a interrupção do trabalho presencial e remoto, no dia 26 de agosto;

– Dias de Luto, protesto de quem precisa ir ao trabalho presencial, com o uso de alguma peça de roupa ou adorno na cor preta;

– Registro com selfies e encaminhamento às entidades para divulgação no site e redes sociais desses dias de Luto;

– Envio de e-mail pelos servidores ao Tribunal de Justiça cobrando uma reunião com as entidades representativas;

– Em relação ao assédio moral no trabalho pela adesão à greve sanitária ou ambiental, comunicar a entidade;

– Nota conjunta sobre os incentivos aos desembargadores pelo TJ-SP em até R$ 100 mil, para celeridade a julgamento de processos, enquanto os servidores não receberam a reposição salarial desse ano;

– Nota de esclarecimento sobre o servidor e a campanha difamatória taxando o funcionário público como “marajá” ou o “culpado” pela falta de verbas (desvio de dinheiro público) na imprensa;

– Formalizar mais um pedido de reunião com o TJ-SP.

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