Na noite de quarta-feira, 30 de outubro, foi realizada na Assojubs Santos a Palestra “Vamos falar sobre câncer de mama?”, conduzida por Denise Pampolini, aposentada do Judiciário Paulista, associada da entidade e integrante do Instituto Neo Mama, que tem o intuito de proporcionar maior estrutura para o enfrentamento da doença, assim como a reabilitação e readaptação total da mulher vitimada pela enfermidade.
Pampolini iniciou o debate reforçando o preconceito que existe sobre o tema. O que pesa no termo câncer é tudo que vem relacionado, como o tratamento, a cirurgia, a quimioterapia, radioterapia, os exames, as consultas. É o que assusta. Além do medo e incerteza do futuro. A primeira pergunta que vem à mente com o diagnóstico é: Será que vou morrer?
O câncer é uma mutação genética, uma célula que começa a se multiplicar rapidamente e tão desordenadamente que forma um tumor. Esse processo é chamado de neoplasia. Nem todo nódulo é maligno. E mesmo os benignos podem comprimir outro órgão e causar problemas, por isso deve haver atenção sempre.
Essa mutação genética não necessariamente é hereditária. E mesmo quando herdada, não significa que a pessoa vá desenvolver a doença. A grande maioria dos cânceres está ligada a fatores relacionados ao meio ambiente, hábitos e estilos de vida. Com a longevidade, é maior a predisposição para desenvolver a doença. O mais frequente é o câncer de pele. E para a mulher, o de mama. Na sequência, o de ovário.
O câncer de mama afeta os seios, que são glândulas formadas por lobos e se dividem em estruturas menores chamadas lóbulos e ductos mamários. É o tumor maligno que mais leva as brasileiras à morte, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Mas não é exclusivo das mulheres, os homens, apesar de uma incidência ínfima de casos, também são atingidos (cerca de 1% da população masculina).
Não existe prevenção ao câncer de mama, o que existe é a detecção precoce. Com a descoberta cedo, a chance de cura é muito maior, um índice de 95%. Apesar das rotinas diárias cansativas, com jornadas às vezes triplas, a mulher tem que ter um tempo para se cuidar, pois cada vez mais mulheres mais novas estão apresentando o câncer de mama.
O tratamento escolhido pelo médico varia de acordo com o tipo e tamanho do tumor, localização, enraizamento. “Cabe a nós ouvir, entender, se informar e se tratar”, reforçou Pampolini. E a reconstrução mamária é garantida por lei e não só pela questão estética e, sim, pela questão postural.
Alguns fatores relacionados à doença são: envelhecimento, excesso de peso, sedentarismo, elementos relacionados à vida reprodutiva da mulher, histórico familiar de câncer de mama ou de ovário, consumo de álcool e exposição à radiação ionizante. Mudando os hábitos, reduz bastante as chances de desenvolver o câncer.
É preciso sempre observar o corpo, que pode dar sinais. Nódulos, secreção, feridas ou crostas, assimetria entre as mamas, pele com textura de casca de laranja ou inversão dos mamilos são indicativos de que há algo a ser verificado.
Para tentar levar uma vida com mais qualidade, Pampolini citou pontos a serem observados: usar a alimentação como aliada (buscando uma dieta equilibrada, mais saudável, evitando gorduras e açúcares em excesso), beber muita água, praticar atividades físicas (que eleva a circulação sanguínea, fortalece a imunidade) e melhorar os pensamentos (modificar a negatividades que chega involuntariamente).
Outubro Rosa É o mês de conscientização e ação. Lembrar de fazer os exames e mostrar a todos ao seu redor a importância deles. O Outubro Rosa acontece no mundo todo, surgiu na década de 90, em Nova Iorque, com uma corrida para celebrar as pesquisas de cura pelo câncer.
Instituto Neo Mama Em Santos, é um local que cuida exclusivamente de mulheres portadoras de câncer de mama com atendimento gratuito, independente da condição social. O Instituto Neo Mama proporciona informação de qualidade e atividades adequadas à recuperação da mulher, não só física como emocional.