Paralisação do Judiciário é suspensa e estado de greve é mantido até 2 de julho!
- camilinhamarques
- há 1 dia
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Após a Mesa de Negociação, ocorrida na manhã desta quarta, 28 de maio, entre a Assojubs, demais entidades e membros do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), a categoria deliberou em Assembleia Geral suspender a greve até a próxima rodada de tratativas, que será em 2 de julho.
A Mesa de Negociação aconteceu sem a presença do presidente, desembargador Fernando Antônio Torres Garcia, mas com as participações do desembargador Irineu Fava, da Diretoria de Apoio aos Servidores (Daps), dos juízes assessores Rodrigo Nogueira, André Gustavo Cividanes Furlan e Wagner Roby Gidaro, de Vanessa Cristina Martiniano, da Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP), e André Laursen Pavani, da Secretaria de Orçamento e Finanças (SOF).
Com ânimos exaltados e muita resistência por parte do Tribunal, que a todo momento alegava somente seguir com a Mesa de Negociação se o movimento fosse encerrado, foram apresentadas as seguintes propostas:
Majoração de 10% no auxílio-saúde;
Aumento no Adicional de Qualificação (Graduação de 5% para 7,5%; Especialização de 7,5% para 10%; Mestrado de 10% para 15% e Doutorado de 12,5% para 20%), item que passará pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) com aval do TJSP para aprovação;
Comprometimento por parte do TJSP de apresentar um índice de pagamento no encontro de 2 de julho.

Depois de muito debate e insistência pelos/as dos/as representantes, o TJSP acenou avaliar uma majoração maior que 10% no auxílio-saúde, bem como seguir com a discussão no aumento das faixas do Adicional de Qualificação.
Sobre o Nível Superior (NS) para Escreventes, o Tribunal deixou claro que não haverá possibilidade de implementação nesta gestão. De acordo com os juízes assessores, "é uma tragédia orçamentária e não irá prosperar".
Acerca dos dias parados em razão da greve, poderão ser compensados e o desconto do auxílio-alimentação é pauta a ser discutida durante a Mesa de Negociação.
Ainda em reunião, foi manifestado repúdio pelos/as dirigentes presentes ao assédio antissindical praticado pelo TJSP em cima dos/as grevistas e cobrada satisfação sobre a determinação da Presidência de exoneração dos cargos em comissão dos/as servidores/ que aderiram ao movimento. A reversão dessa decisão é item prioritário de reivindicação e será retomado nas próximas discussões da Mesa de Negociação. Para além da continuidade da reivindicação referente a este item em Mesa de Negociação, a questão específica das exonerações dos cargos em comissão será levada para discussão junto ao Tribunal de imediato.
Já na Praça João Mendes, a categoria, em uma votação apertada, definiu suspender a greve, no aguardo de uma proposta em relação ao índice para viabilizar a redução das perdas salariais devidas pelo Tribunal e acumuladas em 25,27% (desde 2002),
O Estado de Greve permanece até essa rodada da Mesa de Negociação, que ocorrerá em 2 de julho, data também de uma nova Assembleia Geral presencial, com a finalidade de deliberar os próximos passos da construção da Campanha Salarial.
É válido ressaltar que a constituição de uma Mesa de Negociação entre as entidades e o TJSP, é parte das conquistas do movimento, que ganhou força desde 14 de maio, quando iniciada a paralisação. E apesar do resultado, em alguma medida, estar aquém do reivindicado, avalia-se que houve avanço na discussão e há expectativa de concretizar que o índice de reajuste minimize o montante das perdas salariais inflacionárias acumuladas.
A Assojubs seguirá em alerta e construindo a mobilização necessária para viabilizar o atendimento da pauta de reivindicações da categoria.
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