Em 23 de junho houve a retomada das Quartas de Luta e Luto, mobilização dos judiciários, que seguem em Estado de Greve, pela Campanha Salarial. E o retorno foi marcado por um ato de protesto, insatisfação e indignação com a marca de 500 mil mortos por Covid-19 alcançada no país.
Desde o começo da pandemia e quarentena decretada pelo Governo do Estado, em março de 2020, os servidores do Judiciário tiveram que se adaptar ao sistema de trabalho remoto e permaneceram atuando sem parar, com responsabilidade e compromisso para que a justiça não deixasse de chegar aos cidadãos.
E o que receberam em troca dessa dedicação em mais de um ano de home office foi descaso, rebaixamento dos salários, congelamento de contagem de direitos, aumento de assédio e ameaça de processos administrativos.
Sem falar nas vidas perdidas para o vírus, pois todos os dias se tem notícias de contaminados e mortos entre os funcionários do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), já que muitos servidores continuaram com suas atividades presenciais, caso dos oficiais de justiça, e a volta ao atendimento nos fóruns foi precipitada no ano passado, mantidos abertos atualmente.
Petroleiros O protesto da Quarta de Luta e Luto contou com a participação de representantes de categorias convidadas. Fabio Mello, do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro LP), reforçou a indignação por todos que perderam a vida pela indiferença do Governo Federal que não providenciou as vacinas.
A classe petroleira não pode parar por ser atividade essencial. Dos 47 mil trabalhadores do sistema Petrobras, ocorreu um contagio de cerca de 7 mil. Inúmeros casos de contaminação no trabalho que foram desenvolvidos em casa, junto à família. A doença é uma loteria biológica e se trava uma batalha desigual por causa da negligência do governo em que a população está tendo acesso à vacina de modo tardio.
Em relação à Reforma Administrativa (PEC 32/2020), Mello entende ser nada mais do que um meio de transferência de renda, de tirar do trabalhador para maximizar lucro no setor privado. E no setor público é uma oportunidade de negócio, pois irá tirar direitos da população, como saúde e educação, para também lucrar e cobrar por isso.
Metroviários Camilo Henrique Martin, do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, falou sobre o massacre aos trabalhadores, que enfrentam desemprego crescente, inflação galopante, confisco nos salários e um cenário aterrador agravado com a maior crise sanitária já vista no país.
Enquanto os números de mortos chegam a 500 mil, somente em São Paulo são 123 mil vidas ceifadas. Genocídio em âmbitos federal e estadual. E o Metrô acentua essa situação, pois é o segundo ambiente de maior transmissibilidade do vírus. Em uma categoria de cerca de 8 mil trabalhadores, já se contabiliza mais de mil infectados.
E a resposta à manutenção do serviço por parte da empresa e do Governo de São Paulo veio com ataques à capacidade de organização da categoria, a venda da sede do sindicato, acordos coletivos rasgados e retirada de direitos.
Arraiá da Resistência A Assojubs e o Sintrajus fizeram o convite na Quarta de Luta e Luto para a presença de todos no “Arraiá da Resistência”, organizado pelas entidades e que acontecerá nesta sexta, 25 de junho, às 19h30, um evento para encontrar juntos na música, na interação, no humor e no afeto, forças para seguir.
A festa ocorrerá em uma live, mas com muita interatividade por meio da transmissão pelo Youtube, no Canal Justa Causa. Haverá brincadeiras, correio elegante, concurso de caracterização junina e prendas para os ganhadores!
Para o concurso de caracterização é preciso fazer a inscrição prévia: https://forms.gle/cR8sWastwrPoYxDw5.
Hoje, sexta (25/6) às 19h30, pela página do canal Justa Causa no Youtube: https://youtube.com/channel/UC2KfrmXQebItS3upt6jnH-g